terça-feira, 21 de setembro de 2010

Recebido por email!


Nem tudo o que se recebe por email é sobre política ;)
hahahaha
Como eu já percebi que só vou escrever algo além da minha monografia quando já for uma anciã experiente, vou postar isso aqui só pra tirar um pouco as teias desse blog.
Se estiver com vontade de ler algo leve, não é de minha autoria - mas é gostosa a sensação ao fim da leitura.

Uma história curta sobre fazer o bem, sem medir esforços e "sem olhar a quem". Poderia ser um filme, que assistiríamos e sairíamos aliviados do cinema ou da frente da tela. Mas é uma mini-leitura apenas. Como um conto, ou crônica.
Ontem estive conversando com a minha colega de apartamento (a Grazi) sobre religião, Deus, sentido da vida. Fazer o bem pode ser um bom sentido para qualquer vida. Gentileza só gera gentileza. Ser bom mesmo quando tudo parece estar conspirando contra, pode mudar vidas.
Cada um sabe quando se depara com uma situação em que pode escolher entre ser gentil, "fazer o bem com um pequeno gesto" ou apenas ignorar o que está acontecendo, na vida real, no filme em que você é o protagonista.

Todas as pessoas estão passando por algum tipo de luta (li isso várias vezes e em vários lugares nos últimos tempos). É verdade, você, e todos à sua volta. Seja mais gentil do que o necessário, com as que cruzarem teu caminho. Não é tão difícil, e faz bem pra você também.

agora voltando ao trabalho,

ah, eis aqui o texto:

"Em agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem-sucedido empresário judeu de Nova York, viajou para Israel a negócios.
Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, ele aproveitou para fazer um lanche rápido na pizzaria da esquina das ruas Yafo e Mêlech George, no centro de Jerusalém.

O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria de esperar muito tempo numa enorme fila, caso realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo. Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila à sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.

Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer, o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s.

Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. De imediato, lembrou do israelense que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estaria na pizzaria.
Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.
Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.

A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, seis eram crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.

As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma.
Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda. Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.
Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo. Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida.

O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava. E começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado. Finalmente, encontrou o israelense num leito de um dos hospitais, muito ferido, mas não corria risco de vida.

Moshê conversou com o filho dele, que já estava acompanhando seu pai e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão, para caso o pai necessitasse de ajuda. Que a família não hesitasse em comunicá-lo. Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.
Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. E fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar o amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.
Talvez outra pessoa não tivesse se esforçado tanto apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila ." Mas, não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e não foi trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã,
naquele dia onze de setembro de 2001, Moshê não estava em seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers."

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