sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Palavras Não Falam (cantado por Mariana Aydar)


Essa é só uma musiquinha gostosa que ouvi há pouco e me lembrou de vir aqui tirar as teias do blog.
A música é uma expressão cultural muito rica.
Eu gosto de música, e de letra de música.
Me identifica um pouco esta.
"Eu não escrevo pra ninguém... Eu me entendo escrevendo E vejo tudo sem vaidade"

Os créditos da foto são da amiga Gabrieli n. Enderle. orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=10940710336488598901

Fim de semana chegando. Geralmente é pra ser bom, não é?
beijo!


PALAVRAS NÃO FALAM
Mariana Aydar
Composição: Kavita

link pra ouvir e ver o vídeo, se quiser: http://www.youtube.com/watch?v=x04QvWnfGes&feature=related

"Eu não escrevo pra ninguém e nem pra fazer música
E nem pra preencher o branco dessa página linda
Eu me entendo escrevendo
E vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco
Ele me mostra o que eu não sei
E me faz ver o que não tem palavras
Por mais que eu tente são só palavras
Por mais que eu me mate são só palavras
Eu não escrevo pra ninguém e nem pra fazer música
E nem pra preencher o branco dessa página linda
Eu me entendo escrevendo
E vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco
Ele me mostra o que eu não sei
E me faz ver o que não tem palavras
Por mais que eu tente são só palavras
Por mais que eu me mate são só palavras
Eu me entendo escrevendo
E vejo tudo sem vaidade
Só tem eu e esse branco
Ele me mostra o que eu não sei
E me faz ver o que não tem palavras
Por mais que eu tente são só palavras
Por mais que eu me mate são só palavras
Só palavras
Só palavras..."

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

AS VÁRIAS FOMES DA MARINA (por José Ribamar Bessa Freire)

31/01/2010 - Diário do Amazonas
Fonte/direitos autorais: http://www.taquiprati.com.br/home/apresenta-cronica.php?cronica=cronica31-01-2010

“Ai, meu Deus! / O que foi que aconteceu / com a música popular brasileira”?

Há pouco, Caetano Veloso descartou do seu horizonte eleitoral o presidente Lula da Silva, justificando: “Lula é analfabeto”. Por isso, o cantor baiano aderiu à candidatura da senadora Marina da Silva, que tem diploma universitário. Agora, vem a roqueira Rita Lee dizendo que nem assim vota em Marina para presidente, “porque ela tem cara de quem está com fome”. Os Silva não têm saída: se correr o Caetano pega, se ficar a Rita come.

Tais declarações são espantosas, porque foram feitas não por pistoleiros truculentos, mas por dois artistas refinados, sensíveis e contestadores, cujas músicas nos embalam e nos ajudam a compreender a aventura da existência humana. Num país dominado durante cinco séculos por bacharéis cevados, roliços e enxudiosos, eles naturalizaram o canudo de papel e a banha como requisitos indispensáveis ao exercício de governar, para o qual os Silva, por serem iletrados e subnutridos, estariam despreparados.

Caetano e Rita Lee foram levianos, deselegantes e preconceituosos. Ofenderam o povo brasileiro, que abriga, afinal, uma multidão de silvas famélicos e desescolarizados. De um lado, reforçam a idéia burra e cartorial de que o saber só existe se for sacramentado pela escola e que tal saber é condição sine qua non para o exercício do poder. De outro, pecam querendo nos fazer acreditar que quem está com fome carece de qualidades para o exercício da representação política. A rainha do rock, debochada, irreverente e crítica, a quem todos admiramos, dessa vez pisou na bola. Feio.

- “Venenosa! Êh êh êh êh êh! / Erva venenosa, êh êh êh êh êh! / É pior do que cobra cascavel / o seu veneno é cruel.../.Deus do céu! / Como ela é maldosa!”. Nenhum dos dois – nem Caetano, nem Rita - têm tutano para entender esse Brasil profundo que os silvas representam.

A senadora Marina da Silva tem mesmo cara de quem está com fome? Ou se trata de um preconceito de roqueira paulista, que só vê desnutrição ali onde nós vemos uma beleza frágil e sofrida de Frida Kahlo, com seu cabelo amarrado em um coque, seus vestidos longos e seu inevitável xale? Talvez Rita Lee tenha razão em ver fome na cara de Marina, mas se trata de uma fome plural, cuja geografia precisa ser delineada. Se for fome, é fome de quê?

O mapa da fome

A primeira fome de Marina é, efetivamente, fome de comida, fome que roeu sua infância de menina seringueira, quando comeu a macaxeira que o capiroto ralou. Traz em seu rosto as marcas da pobreza, de uma fome crônica que nasceu com ela na colocação de Breu Velho, dentro do Seringal Bagaço, no Acre. Órfã da mãe ainda menina, acordava de madrugada, andava quilômetros para cortar seringa, fazia roça, remava, carregava água, pescava e até caçava. Três de seus irmãos não agüentaram e acabaram aumentando o alto índice de mortalidade infantil.

Com seus 53 quilos atuais, a segunda fome de Marina é dos alimentos que, mesmo agora, com salário de senadora, não pode usufruir: carne vermelha, frutos do mar, lactose, condimentos e uma longa lista de uma rigorosa dieta prescrita pelos médicos, em razão de doenças contraídas quando cortava seringa no meio da floresta. Aos seis anos, ela teve o sangue contaminado por mercúrio. Contraiu cinco malárias, três hepatites e uma leishmaniose.

A fome de conhecimentos é a terceira fome de Marina. Não havia escolas no seringal. Ela adquiriu os saberes da floresta através da experiência e do mundo mágico da oralidade. Quando contraiu hepatite, aos 16 anos, foi para a cidade em busca de tratamento médico e aí mitigou o apetite por novos saberes nas aulas do Mobral e no curso de Educação Integrada, onde aprendeu a ler e escrever. Fez os supletivos de 1º e 2º graus e depois o vestibular para o Curso de História da Universidade Federal do Acre, trabalhando como empregada doméstica, lavando roupa, cozinhando, faxinando.

Fome e sede de justiça: essa é sua quarta fome. Para saciá-la, militou nas Comunidades Eclesiais de Base, na associação de moradores de seu bairro, no movimento estudantil e sindical. Junto com Chico Mendes, fundou a CUT no Acre e depois ajudou a construir o PT. Exerceu dois mandatos de vereadora em Rio Branco, quando devolveu o dinheiro das mordomias legais, mas escandalosas, forçando os demais vereadores a fazerem o mesmo. Elegeu-se deputada estadual e depois senadora, também por dois mandatos, defendendo os índios, os trabalhadores rurais e os povos da floresta.

Quem viveu da floresta, não quer que a floresta morra. A cidadania ambiental faz parte da sua quinta fome. Ministra do Meio Ambiente, ela criou o Serviço Florestal Brasileiro e o Fundo de Desenvolvimento para gerir as florestas e estimular o manejo florestal. Combateu, através do IBAMA, as atividades predatórias. Reduziu, em três anos, o desmatamento da Amazônia de 57%, com a apreensão de um milhão de metros cúbicos de madeira, prisão de mais 700 criminosos ambientais, desmonte de mais de 1500 empresas ilegais e inibição de 37 mil propriedades de grilagem.

Tudo vira bosta

Esse é o retrato das fomes de Marina da Silva que – na voz de Rita Lee - a descredencia para o exercício da presidência da República porque, no frigir dos ovos, “o ovo frito, o caviar e o cozido / a buchada e o cabrito / o cinzento e o colorido / a ditadura e o oprimido / o prometido e não cumprido / e o programa do partido:/ tudo vira bosta”.

Lendo a declaração da roqueira, é o caso de devolver-lhe a letra de outra música - ‘Se Manca’ - dizendo a ela: “Nem sou Lacan / pra te botar no divã / e ouvir sua merda / Se manca, neném! / Gente mala a gente trata com desdém / Se manca, neném / Não vem se achando bacana / você é babaca”.

Rita Lee é babaca? Claro que não, mas certamente cometeu uma babaquice. Numa de suas músicas - ‘Você vem’ - ela faz autocrítica antecipada, confessando: “Não entendo de política / Juro que o Brasil não é mais chanchada / Você vem....e faz piada”. Como ela é mutante, esperamos que faça um gesto grandioso, um pedido de desculpas dirigido ao povo brasileiro, cantando: “Desculpe o auê / Eu não queria magoar você”.

A mesma bala do preconceito disparada contra Marina atingiu também a ministra Dilma Rousseff, em quem Rita Lee também não vota porque, “ela tem cara de professora de matemática e mete medo”. Ah, Rita Lee conseguiu o milagre de tornar a ministra Dilma menos antipática! Não usaria essa imagem, se tivesse aprendido elevar uma fração a uma potência, em Manaus, com a professora Mercedes Ponce de Leão, tão fofinha, ou com a nega Nathércia Menezes, tão altaneira.

Deixa ver se eu entendi direito: Marina não serve porque tem cara de fome. Dilma, porque mete mais medo que um exército de logaritmos, catetos, hipotenusas, senos e co-senos. Serra, todos nós sabemos, tem cara de vampiro. Sobra quem?

Se for para votar em quem tem cara de quem comeu (e gostou), vamos ressuscitar, então, Paulo Salim Maluf ou Collor de Mello, que exalam saúde por todos os dentes. Ou o Sarney, untuoso, com sua cara de ratazana bigoduda. Por que não chamar o José Roberto Arruda, dono de um apetite voraz e de cuecões multi-bolsos? Como diriam os franceses, “il péte de santé”. O banqueiro Daniel Dantas, bem escanhoado e já desalgemado, tem cara de quem se alimenta bem. Essa é a elite bem nutrida do Brasil.

Rita Lee não se enganou: Marina tem a cara de fome do Brasil, mas isso não é motivo para deixar de votar nela, porque essa é também a cara da resistência, da luta da inteligência contra a brutalidade, do milagre da sobrevivência, o que lhe dá autoridade e a credencia para o exercício de liderança em nosso país.

Marina Silva, a cara da fome? Esse é um argumento convincente para votar nela. Se eu tinha alguma dúvida, Rita Lee me convenceu definitivamente.

P.S. – Uma leitora cricri, mas competente, que está fazendo doutorado em São Paulo (e a tese, quando é que sai?) me lembra que a FAPEAM e a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Amazonas constituem o lado sério da atual política estadual, responsável, em 2007, pela primeira lei de mudanças climáticas no Brasil.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Recebido por email!


Nem tudo o que se recebe por email é sobre política ;)
hahahaha
Como eu já percebi que só vou escrever algo além da minha monografia quando já for uma anciã experiente, vou postar isso aqui só pra tirar um pouco as teias desse blog.
Se estiver com vontade de ler algo leve, não é de minha autoria - mas é gostosa a sensação ao fim da leitura.

Uma história curta sobre fazer o bem, sem medir esforços e "sem olhar a quem". Poderia ser um filme, que assistiríamos e sairíamos aliviados do cinema ou da frente da tela. Mas é uma mini-leitura apenas. Como um conto, ou crônica.
Ontem estive conversando com a minha colega de apartamento (a Grazi) sobre religião, Deus, sentido da vida. Fazer o bem pode ser um bom sentido para qualquer vida. Gentileza só gera gentileza. Ser bom mesmo quando tudo parece estar conspirando contra, pode mudar vidas.
Cada um sabe quando se depara com uma situação em que pode escolher entre ser gentil, "fazer o bem com um pequeno gesto" ou apenas ignorar o que está acontecendo, na vida real, no filme em que você é o protagonista.

Todas as pessoas estão passando por algum tipo de luta (li isso várias vezes e em vários lugares nos últimos tempos). É verdade, você, e todos à sua volta. Seja mais gentil do que o necessário, com as que cruzarem teu caminho. Não é tão difícil, e faz bem pra você também.

agora voltando ao trabalho,

ah, eis aqui o texto:

"Em agosto de 2001, Moshê (nome fictício), um bem-sucedido empresário judeu de Nova York, viajou para Israel a negócios.
Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, ele aproveitou para fazer um lanche rápido na pizzaria da esquina das ruas Yafo e Mêlech George, no centro de Jerusalém.

O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria de esperar muito tempo numa enorme fila, caso realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo. Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.
Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila à sua frente. Mais do que agradecido, Moshê aceitou. Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.

Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador. Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer, o que acontecera. O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s.

Moshê ficou branco. Por apenas dois minutos ele escapara do atentado. De imediato, lembrou do israelense que lhe oferecera o lugar na fila. Certamente ele ainda estaria na pizzaria.
Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.
Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.

A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo. Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram, seis eram crianças. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.

As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma.
Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários. Uma mulher com um bebê coberto de sangue implorava por ajuda. Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.
Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo. Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.
Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida.

O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava. E começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado. Finalmente, encontrou o israelense num leito de um dos hospitais, muito ferido, mas não corria risco de vida.

Moshê conversou com o filho dele, que já estava acompanhando seu pai e contou tudo o que acontecera. Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida. Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão, para caso o pai necessitasse de ajuda. Que a família não hesitasse em comunicá-lo. Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação de emergência. Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.
Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias. E fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar o amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.
Talvez outra pessoa não tivesse se esforçado tanto apenas pelo senso de gratidão. Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila ." Mas, não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado. E ele sabia como retribuir um favor.
Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e não foi trabalhar. Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã,
naquele dia onze de setembro de 2001, Moshê não estava em seu escritório no 101º andar do World Trade Center Twin Towers."

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Rsrs, publicado em 09/03/2010 por Dino Cantelli



Fonte, o original está em: http://dinocantelli.wordpress.com/page/2/

Havia um engraçadinho carente embaixo da passarela que levava à rodoviária. Desviei meu olhar, porque quando algum deles nos veem querem logo um sorriso, gargalhada, essas coisas baratas. Não adiantou a alegria.

- Hei, tio, me dá um trocadilho.

- Desculpe, mas só estou com a minha risada de trabalho.

- Tio, é um trocadilho pra comprar uma tirada.

- Sei. Vai é atrás de 140 caracteres de alguma droga! Onde estão seus pais?

- Tão lá no semáforo fazendo stand up. Era pra eu tá vendendo gracejos. Se eles sabem que estou pedindo me matam de rir.

- Eles tinham algum tipo de trabalho? Como faziam pra manter o hilário do mês?

- Bem, o último trabalho deles era uma piada.

- Hum, daí resolveram partir pra piada vagabunda. Você deveria estar na escola. Pensando em ser no futuro um homem de grande ironia.

- Sarcástico assim como o senhor?

- Não sou tão sarcástico como você pensa. Eu só trabalho duro pra ter o meu cinismo. Minha carteira está vazia. Não tem nem graça.

- …

- Pare de me olhar assim. Vamos, pegue essa deixa. E pense naquilo que eu te disse.

- Obrigado, tio. O senhor tem um bom humor.

segunda-feira, 31 de maio de 2010


Eu só escrevo pra me sentir mais leve mesmo. Esse monte de palavras dentro da minha cabeça forma sopa de letrinhas de chumbo, às vezes, quase sempre. Liberto-as e pronto. Leveza. plumas, algodão. Terra seca indo com o vento.


Boa semana de inverno e início de festas juninas pra você (que leu até aqui haha foi curto hoje - o trabalho me chama!).

domingo, 23 de maio de 2010

Sobre escrever e amar.


Pensando no meu bem-estar físico e emocional, vim escrever.
Escrever me faz bem. Amar não faz tanto assim.
O problema de amar é que a gente nunca sabe a medida certa entre o amor-próprio e o amor ao outro.
Quando eu quero que o outro me compreenda, ouça também o que eu não digo, me perdoe, me ajude, esteja comigo - talvez eu esteja pondo em campo o amor-próprio, o quanto o outro faz bem para mim e meu bem-estar.
Quando eu digo para o outro que ele tem que ser livre, fazer o que ele acha que deve fazer, o que ele quer fazer, e que eu não posso e nem devo interferir nas escolhas dele. Quando eu desejo a felicidade do outro, mesmo que não seja ao meu lado, talvez esse seja o verdadeiro amor.
O amor-livre é mais feliz! Mas como é raro!
Como será que se encontra esse ponto em comum entre o amor-próprio e o amor livre ao(s) outro(s)?
O mundo seria tão melhor se soubessemos...
Complicado e difícil compreender porque os sentimentos nos colocam em panelas de pressão de vontades inimagináveis. Porque projetamos tanto no outro o que queremos ou sonhamos que ele fosse. Porque exigimos do outro tantas explicações e tanta presença e tanta coisa sem explicação. O amor age, a paixão age, e agimos, pouco sabendo que fim tudo vai levar.

No fim, o importante mesmo é a trajetória que fazemos para chegarmos àquele fim.
Que eu me recupere.
Que o amor seja sempre nosso bem maior, de valor inestimável.

E que a vida minha e a do outro que eu quero comigo, não se transforme em pó.
Amém.

Domingo de muito trabalho e semana feroz pela frente. Será que o amor aguenta? O coração vai pular pra fora do corpo logo, logo.

Pintura de corações muticoloridos de Noemi Carnielli do Prado - direitos autorais.

sábado, 22 de maio de 2010

Gilka Aria

Ser chique é uma questão de atitude...

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como atualmente.

A verdade é que ninguém é chique por decreto.

E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão a venda. Elegância é uma delas.

Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupas recheado de grifes importadas. Muito mais que um belo carro alemão.

O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta.

Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes. Mas que, sem querer, atrai todos os olhares, porque tem brilho próprio.

Chique mesmo é quem é discreto, não faz perguntas inoportunas, nem procura saber o que não é da sua conta.

Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e abominar a mania de jogar lixo na rua.

Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e as pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos.

Chique mesmo é não se exceder nunca. Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.

Chique mesmo é olhar no olho do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados a mesa do restaurante e prestar verdadeira atenção à sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra. É ser grato a quem lhe ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, mas ficar feliz ao ser prestigiado.

Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre do quanto que a vida é breve e de que vamos todos para o mesmo lugar.

Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se cruzar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem.

Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!



Texto do livro "A quem interessar possa", de Gilka Aria.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O medo: o maior gigante da alma (Fernando Teixeira Andrade)

FONTE: http://pro-ciencia.blogspot.com/

Para quem tem medo, e a nada se atreve, tudo é ousado e perigoso. É o medo que esteriliza nossos abraços e cancela nossos afetos; que proíbe nossos beijos e nos coloca sempre do lado de cá do muro. Esse medo que se enraíza no coração do homem impede-o de ver o mundo que se descortina para além do muro, como se o novo fosse sempre uma cilada, e o desconhecido tivesse sempre uma armadilha a ameaçar nossa ilusão de segurança e certeza.

O medo, já dizia Mira Y Lopes, é o grande gigante da alma, é a mais forte e mais atávica das nossas emoções. Somos educados para o medo, para o não-ousar e, no entanto, os grandes saltos que demos, no tempo e no espaço, na ciência e na arte, na vida e no amor, foram transgressões, e somente a coragem lúdica pode trazer o novo, e a paisagem vasta que se descortina além dos muros que erguemos dentro e fora de nós mesmos.

E se Cristo não tivesse ousado saber-se o Messias Prometido? E se Galileu Galilei tivesse se acovardado, diante das evidências que hoje aceitamos naturalmente? E se Freud tivesse se acovardado diante das profundezas do inconsciente? E se Picasso não tivesse se atrevido a distorcer as formas e a olhar como quem tivesse mil olhos? "A mente apavora o que não é mesmo velho", canta o poeta, expressando o choque do novo, o estranhamento do desconhecido.

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Faz bem. (ou mal?)


Querendo mas evitando.
Bloggar, é vício novo, mas forte - coca branca.
Fujam as canetas! E as teclas todas, por favor. Reabilitação já.
Nunca tive vício tão grande quanto pensar em escrever o que penso.
Não, não. Não facilita em nada a minha vida. O que eu penso geralmente não é sobre o que eu preciso escrever.
Teimosia intelectual, carência da folha em branco, preencher, preencher cada linha, muitas linhas, entrelinhas, fazer a borda, ilustrar, grifar, publicar.
Ah, como coça!

Quando eu escrever(ei) um livro, não sei.
Tomara, logo.

Enquanto isso, posts quase nunca, pela arte da procrastinação. Eu procrastino coisas bem mais importantes. Secretas. Culpas imensas se eu for pega.
Isso aqui é só um hobby.

Eu gooosto de escrever. De falar. De ouvir. Vida pra mim.

E vocês?

Commentários nunca foram tão bem-vindos.
Escrever é parto, cesária ou descarrego pra você?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

DE CABEÇA PARA BAIXO

Por: Fabrício Carpinejar - quarta-feira


Só lembramos quando vivemos de novo.

A lembrança não dirige, toma carona.

Limpei a gola do abrigo do filho Vicente na saída da escola. Reluzia uma mancha branca perto do zíper. Ingênua espuma da pasta de dente. A escovação apressada para não perder o sino de manhãzinha, natural estar ali, ressequida depois da aula. Um giz de cera dos dentes. Tantas vezes estudei com círculos polares no uniforme. No almoço, minha mãe raspava com sua unha vermelha e dizia: Vamos arrumar esse homenzinho? Vamos?


Homenzinho? Eu gostava de ser homenzinho. Nunca me chamavam de menino, de piá, de guri, mas de homenzinho. Eu me sentia tão homem como homenzinho. Armava caretas para firmar compromisso. Evitava rir, rir apenas me rejuvenescia. Concentrava-me para irradiar uma cara séria, com cenho franzido. Imitava meu tio Otávio que fumava cachimbo.

Nunca estamos na idade que desejamos. E tememos o que os outros vão pensar da gente. E tememos mais o que pensamos dos outros.

No aeroporto, entre uma de tantas viagens, chamou minha atenção um executivo nos arredores do banheiro. Com uma pasta de couro na mão esquerda e uma boneca na mão direita. Deveria esperar a filha de seis ou sete anos. Se sua criança fosse pequena, levaria ao banheiro masculino. Eu experimentei igual crise de paternidade, recordo dos meus momentos com Mariana antes dos quatro anos, queria conduzi-la ao toalete feminino, muito mais limpo, mas a etiqueta não permitia. Ela teve que sobreviver à porqueira do chão e papéis espalhados. Tomara que não guarde trauma.

Absolutamente engravatado, com terno alinhado, o empresário (ou sei lá o que representava) nem ciscava os lados, mirava fixamente a porta, torcendo para que sua menina viesse rápido. O que me intrigou é que ele segurava a boneca displicente, para provar a quem passava que não era dele. Como se alguém fosse sonhar que era dele! Suas orelhas ferviam, brotoejas cercavam sua barba, cabelos brancos procuravam caminhos na raiz.

A boneca o incomodava severamente. Amargava a possibilidade de encontrar algum amigo. Pagava mico em sua imaginação bélica, disparando a contagem regressiva da vergonha, como um bixo do vestibular, como um estagiário em seu primeiro dia no emprego.

Seu constrangimento revelava o absurdo de segurar a boneca de cabeça para baixo, pelas pernas. Fazia ioiô com o bebê de borracha. Um bungee jump dos contos de fadas.

Para avisar que não tinha nada com aquilo. Deixar claro seu distanciamento com a cor rosa e derivados.

Cuidava para não oferecer ternura. Rígido, com pinos no lugar dos ossos. Precisava manter os punhos cerrados, não apertar o vestido, poderia existir um botão capaz de acionar choro, xixi, miado ou cantorias. Boneca moderna é um carro de som.

Longe de qualquer operação afetuosa, mergulhava no transe da continência militar (imagina se solta uma carícia involuntária e acaba denunciando que brincava de boneca quando pequeno?).

Não se sujeitaria a pentear a juba do brinquedo, muito menos ajeitar o leve corpo nos cotovelos. Naquele cruzamento de olhares, um berço de dedos custaria caro. Talvez o cargo, talvez a fama. Porque se desse colo indicaria um pertencimento e forneceria margem para enganos. Não aceitava que fosse confundido. Sua reputação estava em jogo. O que julgava ser sua reputação.

Quando sua filha voltou do banheiro, parou desapontada em sua frente:

— Você está mostrando a calcinha da minha filha para todo mundo, nem parece que é meu pai.

Esconder o vexame sempre foi o maior vexame.


boa-noite visitantes do BLOG!

terça-feira, 11 de maio de 2010


Bom dia coleguinhas como vão?

domingo, 2 de maio de 2010

(Cora Coralina) - Drummond foi quem a descobriu =)


"Minha Cara, minha Carolina, a saudade ainda vai bater no teto - até um canalha precisa de afeto[...]
Minha Cora, minha Coralina, mais que um Goiás de amor carrego, estilo de violeiro cego.
Há mais solidão no aeroporto, que num quarto de hotel barato
[...]"
ZECA BALEIRO - Meu amor, minha flor, minha menina (Youtube it!)


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar

(Cora Coralina)


Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cora_Coralina

Enquanto não dá tempo de escrever bem o que quero. Vou publicando o que de bom encontro no caminho. Já que as palavras, depois de lançadas ao mundo, não são mais nossas, mas do acervo mundial de produção intelectual, que emociona a todos a que nela se veem, pura e sinceramente.

Beijo e bom trabalho a você que se deu o trabalho de ler até aqui. Obrigada.

sábado, 1 de maio de 2010

Beijo multimídia

Por: Fabrício Carpinejar - quarta-feira (TWITTER @carpinejar)
FONTE: http://vidabreve.com/uncategorized/1267

Amor ensina o óbvio. É o que eu mais gosto de aprender.

Nem sempre mereço atenção. As crianças têm o direito de serem tolas, por isso são mais sábias.

Minha namorada narrava as diferenças entre o Playstation e o Nintendo Wii e mencionou a expressão device. Eu nunca descobri o significado. No passado, utilizei o termo pela intuição, coitado de quem me ouviu.

— O que é?

— Está brincando?

— Não sei, o que é?

— Para de gozação!

Admiti que conhecia, pois estava ficando chato. Já me sentia um ignorante. Como desconheço device aos 37 anos? Como?

Ela anteviu que tirava sarro dela, que me fingia de burro para que explicasse à toa. Como ninguém quer ser idiota, fica complicado salvar a idiotice alheia.

Eu era burro mesmo. Tentei resolver essa lacuna e abrir espaço para outras ignorâncias. Confesso que careci de coragem para teimar e imprimi uma risada apaziguadora. Soou como brincadeira.

O que me arrebata é a chance de ser puro. Como muitos juram que sou malandro e maquiavélico, arriado e abusado, dificilmente alguém confia na minha limitação. A curiosidade sofre os efeitos colaterais da reputação e não recebe reforço.

De vez em quando, Cínthya esquece quem eu sou para me amar mais. E é minha melhor professora.

Teimei em entrar com uma ameixa em seu carro. Vermelha, lustrosa, com todo o verão dentro. Estávamos atrasados. Costumo comê-la com o rosto inclinado ao chão para derramar o prejuízo no tapete dos pés. Não estudei como destroçaria a fruta em seu carro. Sentei no impulso, traindo minha atitude selvagem e desprezando o encolhimento do espaço.

Dei uma mordida e o sumo escorreu para a calça; ela olhando, limpei. Na segunda investida, já de pernas abertas, o líquido infestou o banco; ela olhando, disfarcei. Quando consegui espirrar no vidro, ela interferiu na operação, não havia como se manter distante. Ou falava ou seu twingo se transformava num liquidificador:

— Vem cá, por que não chupa ao morder?

— Chupar ao morder? Posso?

— Claro, depois que larga os dentes, chupa.

Ela aceitou meu despreparo e contornou o caroço e mordeu e chupou perfeitamente. Engoliu a lasca e o suco. Vi que podia. Pena que não tinha mais ameixas para exercitar.

— Onde aprendeu?

— Em Constantina, sou campeã para não me sujar.

Ainda não perguntei sobre os efeitos colaterais dessa aula. Mas não duvido que não tenha influenciado até minha forma de beijá-la.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

AMOR e ÓDIO, complementares?


Atenção aos sentimentos:o amor que você tem hoje pode ser ódio amanhã.O contrário também é válido. Se você não ama, ignora. E o contrário também.
Relações de amor e ódio. O contrário de se importar é desprezar. Me AME, me ODEIE. Mas saiba que se você se importa, está feita a "cagada".

POST MEU via Twitter.com/NanaSOSNOWSKI

terça-feira, 27 de abril de 2010

Você faz xixi no banho?

Você faz?
http://www.xixinobanho.org.br/

Reduza, então Reutilize e então RECICLE.

Saiba o que acontece com tudo o que vc consome e descarta.
Pense nisso ;)

sábado, 24 de abril de 2010

Piratas e conquistadores (ALDO PEREIRA)

No aniversário do "descobrimento do Brasil" (22 de abril, sabiam né?) muitas coisas deveriam ter sido (E DEVEM SER) refletidas. Pedro A.Cabral foi um mocinho ou um político que convenceu sua tripulação de uma idéia maluca, como na Alemanha convenceu Hitler seu povo de que eram a raça "ariana" e todo o resto não prestava? Penso na história do Brasil com a escravização do corpo e alma (missões jesuíticas) de índios e africanos como um genocídio tão ou mais grave do que o da história da 2ª Guerra Mundial.
Pra saber mais - leiam Darcy Ribeiro ( O POVO BRASILEIRO).

Antes tarde do que mais tarde. Nunca soa forte demais. Vamos mudar agora e tentar fazer um novo fim, já que não dá pra mudar o passado?

Beijos, com muita PAZ (a interior) pra que na convivência exterior consigamos também essa tão sonhada PAZ. (que não se percebe o quanto esforço é necessário para que ela exista, e principalmente RESISTA entre nós, humanos, racionais, mas falhos.)
Perfeição nem existe mesmo. É só um conceito criado por quem quer deter o poder...


Boa leitura de sábado, amigos:



Piratas e conquistadores
ALDO PEREIRA

No século 16, países europeus que exploravam riquezas da América reprimiam com rigor a ação de piratas baseados em ilhas e costas continentais do Caribe: execução sumária ou condenação à forca.
À primeira vista, história de mocinhos e bandidos - ou seria de bandidos e bandidos?
Logo após ter descoberto o que supunha ser a Índia, Cristóvão Colombo (1451-1506) estabeleceu modelo de conduta para "los conquistadores": tortura sistemática de nativos para obter deles "segredos" de minas e garimpos de ouro, bem como para escravizá-los na extração e refino do minério. A recalcitrantes, espada civilizadora finamente forjada em Toledo.
De sua parte, a Marinha britânica, ocupada então com tráfico de escravos africanos, comissionou "privateers" (navios corsários) para pirataria seletiva contra galeões espanhóis carregados desse ouro.
Frances Drake (1540-1596) e Henry Morgan (1635-1688), célebres corsários, receberiam pela patriótica missão o título honorífico de "sir".
A distinção entre piratas, conquistadores e corsários continua ambígua. Sem explicitar nomes, o principal executivo da UMG (Universal Music Group) vocifera contra engenhocas do tipo iPod: "Repositórios de música roubada!".
Também se têm visto e ouvido na mídia proclamações de que baixar, copiar ou comprar músicas e programas sem pagar royalties é "pirataria".
Com a forca fora de moda, detentores de "propriedade intelectual" reclamam ao menos cadeia para "piratas".
"Propriedade intelectual" é campo de disputa em que convergem três interesses legítimos e interdependentes, mas conflitantes: 1) o dos autores, sem os quais não teríamos inovação e avanço na cultura; 2) o de firmas como editoras, gravadoras e programadoras, que assumem riscos lotéricos de produção, distribuição e promoção (em média, dos mais de 40 livros que a Random House edita por semana, 35 dão prejuízo ou lucro zero); e 3) o direito público à liberdade de expressão, ao saber e ao cultivo do espírito pela arte.
Sem esse terceiro direito, a vida cultural estagnaria, porque se realimenta do que ela própria produz. Nenhuma criação é absolutamente original, mas produto da tradição cultural do meio em que o autor se forma.
Por isso, direito autoral deveria constituir não propriedade, mas apenas licença de usufruto econômico exclusivo durante certo prazo, como a concedida a patentes. Em criações de pessoa física, tal licença poderia ser vitalícia, embora não hereditária.
O que tem ocorrido, porém, é progressiva usurpação do direito público em favor da "propriedade intelectual", sobretudo corporativa. Isto é, acumulação de privilégios desfrutados por cartéis e outros grupos que em geral os têm obtido pelo suborno sistemático de legisladores e burocratas, prática mais elegantemente referida como lobby ("antessala").
No reinado de Pedro 1º, toda obra literária caía em domínio público dez anos após a publicação. O regime republicano dilatou o privilégio para 50 anos contados do 1º de janeiro subsequente à morte do autor (Lei Medeiros e Albuquerque, nº 496, de 1898). Esse prazo é hoje de 70 anos.
Todas as mudanças legais introduzidas desde 1898 têm ampliado o direito individual e corporativo de exploração econômica das obras à custa de progressiva restrição do domínio público, isto é, em prejuízo da dimensão social da cultura.
A involução legal brasileira reflete a globalização dos mercados da "propriedade intelectual".
Acordos e convenções que conferem direito proprietário de corporações a criações culturais têm sido extorquidos a governantes covardes e/ou venais do mundo subdesenvolvido, estratégia que se completa pelo citado suborno legislativo. Colonialismo por outros meios.
O abuso é mais nítido na exploração autoral póstuma, onde o Congresso americano, creia, tem-se mostrado ainda mais venal que o brasileiro. Segundo Lawrence Lessig, professor de direito da Universidade Stanford, à medida que o camundongo Mickey envelhece e se arrisca a cair em domínio público, o lobby da Walt Disney obtém mais alguns anos de sobrevida para o respectivo "copyright".
Em 1998, o Congresso dos EUA estendeu a proteção póstuma a 95 anos: no caso de Mickey, até 2061. Lessig enumera 11 extensões semelhantes concedidas nos últimos 40 anos em favor da indústria de som e imagem.
Nesse drama, decerto lhe seria difícil escolher entre o papel de conquistador e o de pirata. Resigne-se, então, ao do submisso e espoliado nativo.

Quando os dias começam a parecer todos iguais, e nos movemos em blocos

Apenas por causa da pressão que o mundo todo exerce em nós...

Eu penso, quero pensar, quero fugir de pensamentos e sentimentos que me alienam.
Sentimentos que me dominam, me dão gastrite, e mais tarde um câncer estomacal.
Controle, controle.
O que é a vida, se não planejar, desplanejar. Mudar, lidar com alguns previstos e os milhares de imprevistos em seu entremeio.

É, sendo ou não a verdade concluo, que,
no fim das contas, há uma simples coisa que é a única que podemos CONTROLAR: nossas próprias escolhas. ESCOLHA ser o que, quem (whatever) você QUER ser.

E seja, não apenas aparente, ou tenha as coisas ao redor para parecer ser.

"Be yourself is all that you can do" (?)

"SEJA VOCÊ, seja só você" (Os Paralamas do Sucesso)

- dia chuvoso e tenso em Cascavel, oeste do Paraná do Brasil, do mundo, do sistema solar do universo que não se sabe até onde vai.

SOMOS NADA.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

SOMEwhere over the RAINbow - what a wonderful WORLD

Já faz um tempo que eu queria te escrever um som,
passado passado, acho que eu mesma esqueci o tom
(...)

Life is better and similar to a rollercoaster ;)

Let´s live it up!

Segunda, um beijo na bunda.

Twenty-four SOMEWHERE over the RAINBOW I´ll feel peace inside this little huge heart.

Thanks my body and soul for being living really alive these days.

=D

sexta-feira, 16 de abril de 2010

ah, o Brasil!

DEU EM O GLOBO
Ciro: 'Jamais imaginei viver o que vivo hoje'
Deputado afirma que não consegue entender o que seu partido espera dele: ‘O que é o PSB?’

De Adriana Vasconcelos:

Quatro dias depois de a pré-candidata petista Dilma Rousseff ter visitado seu principal reduto eleitoral, o Ceará, e inconformado com o tratamento recebido pela cúpula do PSB — que, estimulada pelo presidente Lula, tenta convencê-lo a sair da disputa presidencial —, o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) reiterou ontem, em um artigo publicado em seu site (www.cirogomes.com), que não desistirá de sua candidatura à Presidência.

Em tom de desabafo, Ciro reclamou da situação enfrentada atualmente dentro do próprio partido e subiu o tom das críticas não só em relação ao PSB, como também ao PT, sugerindo que o interesse do partido é ter Lula de volta depois de 2014.

"Jamais imaginei, após 30 anos de vida pública, viver uma situação política como a em que me encontro. A pouco mais de 60 dias do prazo final para as convenções partidárias que formalizam as candidaturas às eleições gerais de 2010, não consigo entender o que quer de mim o meu partido", lamentou o pré-candidato em seu artigo.

Mas avisou: "Eu cumprirei com disciplina e respeito democrático o que decidir meu partido. Mas, tenham meus companheiros clareza: eu não desisto!".

Ciro foi duro com o PSB:

"O que é o PSB? Um ajuntamento como tantos outros, ou a expressão de um pensar audacioso e idealista sobre o Brasil? Vai se decidir isto agora".

Na sua opinião, a polarização "amesquinhada" da disputa eleitoral deste ano entre PT e PSDB é conveniente apenas às duas legendas, não ao país:

"A história acabou? Não há mais o que criticar ou discutir? Oito (anos) de Lula, quatro de Dilma, mais oito de Lula é o melhor que podemos construir pro futuro de nosso país?"

sobre a ESPERANÇA - tão necessária.

A esperança adquire-se. Chega-se à esperança através da verdade, pagando o preço de repetidos esforços e de uma longa paciência. Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero. Quando chegamos ao fim da noite, encontramos a aurora. (Georges Bernanos)

quinta-feira, 15 de abril de 2010

PAZ na rotina.

Em toda CoRReria, tem uma "COR" e um "RIA"
em CALMA, uma "alma".
E em paciência, tem "CIÊNCIA".
poema, do dia.
Cor, ria, alma, paz e ciência.

SOSNOWSKI, Mariana.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

AH, a vida: minha, tua e de todos.

"Quero sempre o vôo mais alto, a vista mais bonita, o beijo mais doce. Tenho um coração que quase me engole, uma força que nunca me deixa e uma rebeldia que às vezes me cega. Tenho um jeito de viver selvagem, mas sou mansa com quem merecer. Não gosto de café morno, de conversa mole, nem de noite sem estrela. Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim, como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação para a vida. Explicação mesmo eu sei: não há. E me agarro no meu sentir, porque, no fundo, só meu coração sabe. E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase: o que eu quero mesmo?
Por isso, eu te peço: se eu gostar de você, tenha a gentileza de não me deixar tão solta. Não me pergunte aonde vou, mas me peça pra voltar. Sou fácil de ler, mas não me pergunte por que o mesmo refrão insiste em tocar tanto.
Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim. E me deixe ser assim, exatamente como eu sou. Meio gato, meio gente. Desconfiada e independente. E adoradora de todos os luxos e lixos do mundo."


.( Giu/Lu APUD Fernanda Mello, in Mania de Gato).


P.S- "E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Cheiros íntimos, secretos. (...)E depois, um instante mais tarde, isso nem sequer será coragem nenhuma, porque deixou de ter importância. O que vale é ter conhecido o corpo de outra pessoa tão intimamente como você só conhece o seu próprio corpo. Porque então você se ama também."
(CFA)

CTRL C + CtrL V from: http://agridocelua.blogspot.com/2009/01/about-me.html

pingos, pedras pequenas.

Não tenho mais medo das grandes tempestades, mas dos pingos de chuva, que escorrem pra dentro da janela!
SOSNOWSKI, Mariana.

amanhã é quinta-feira.
Invisível na universidade. (Poema em sete minutos)

Oito e um,
Pra ficar invisível sem capa, escolha seu moletom branco mais confortável,
E decida sair antes da meia hora de sete.

Ver pessoas,
Em fila, sem estar enfileiradas, sem ser indianas.
Todos os tipos de alma, buscando cedo o conhecimento.
Caminhando, fazendo pose ao vento,
E eu na contra-mão.
Acordam cedo e comem o pão de suas casas,
Colocam suas melhores peças e vem desfilar. Alguns notadamente querendo ser notados.
Casacos, camisetas, óculos
Por trás das lentes um olhar atento, pra dentro.
Verde, amarelo, vermelho, jeans.
A moda, as passarelas das tops ficariam com inveja.
Todas cabeças em busca de seu objetivo – diplomar-se.

Eu os vejo, mas não quero ser vista.
Vim com a roupa invisível, o moletom vermelho, mais de 12 anos comprado, já herdado daquele amigo que me quis bem.
Cabelos desgrenhados, unhas transparentes – invisível.
Ops, paparazzi – abaixa a cabeça e segue, atravessa a rua, atravessa os carros, invisível.
Geisa que se cuide.

E eu não me escondo.
Se madrugo é por necessidade
Se não tem pão, tem cantina,
Em cinco minutos mil calorias matinais, com muita gordura e açúcar, pouco nutriente.
Mas eu estou na contra-mão,
Invisível. Inadimplente. Correndo contra o tempo, contra todos, a meu favor.
Quem não me vê,
Não conhece.


Mariana Sosnowski – poema em 7 minutos. Trajeto de um café-da-manhã de quarta-feira.

14/04/2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

eu gosto de escrever,



e de viver, e de amar!
e de ler.
Mas ler me cansa muito.
Queria eu ter essa paciência que Jó deixou no livro bíblico.
Mas não sou.
Ainda vou.

Eu gosto mesmo de escrever.
Me escrevo essas cartas
Pra um dia me rever.

Rimar é legal.
Mas prefiro apenas, o escrever.
Borrar a folha, a tela em branco.
Parar de piscar a barrinha incômoda e ansiosa que vejo,
que sou.

dia do beijo - 13 de abril de dois mil e dez.
quero meu beijo.

Mariana Sosnowski.

DESENHO PASTEL by Noemi Carnielli do Prado.

Poema do meu último nome, querido ;)

ao meu vô Miguel, que me presenteou com o nome, antes do meu pai ainda.

SOSNOWSKI, Mariana.

SOS,menina ajudeira, a quem ñ fizer pressão.
SNOW é neve, meu oposto no verão.
SKI radical, 8 ou 80.
WSKI,
whiski
variação necessária,
lúcida.


Mariana Sosnowski. (quem lhes dirige a palavra neste espaço em branco)

hoje é terça-feira!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Reciclar e VER o que ainda faz sentido.

Na caixa de emails, há 6 anos guardado: Ainda a REALIDADE:

1. Há pelo menos duas pessoas nesse mundo por quem você morreria.
2. Pelo menos 15 pessoas nesse mundo amam você de algum jeito.
3. A maior razão pela qual alguém lhe odiaria é porque ela quer ser exatamente igual(ou ela é muito diferente de) a você.
4. Um sorriso seu pode trazer alegria a qualquer um, mesmo se esse alguém não gostar de você.
5. Toda noite, provavelmente ALGUÉM pensa em você antes de dormir.
6. Você é o mundo para alguém.
7. Você é especial e único (para alguém, pra sua mãe! pra um cachorro, sei lá!)
8. Alguém que você nem sabe que existe ama você.
9. Quando você comete o pior erro que pode existir, você sempre aprende algo de bom.
10. Quando você pensa que o mundo virou as costas a você, olhe melhor (pense se não foi BEM o INVERSO que aconteceu.)
11. Sempre se lembre dos elogios que recebe. Esqueça-se dos comentários ruins.

=D good Monday night for us.

A PRESSA :(

"A pressa não é só inimiga da perfeição. É também sintoma de infelicidade."
Provérbio Chinês

Nos menores frascos estão os piores produtos =(


Lixograma:
26/03/2010 às 10:38Nos menores frascos estão os piores produtos
do site: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/lixograma/menores-frascos-estao-piores-produtos-225798_post.shtml



Minha gente, pra que tudo isso? Ou melhor, pra que tão pouco?

É fato que a sustentabilidade está na oitava prateleira de prioridades das empresas.
Mesmo aquelas que se dizem ou se mostram engajadas, possuem uma enorme dificuldade de tratar o assunto pelo viés do desenvolvimento e das vantagens competitivas que isso pode trazer em um mercado em transformação, orientado por valores socioambientais e com um cenário de normas e legislações em mudança, que inevitavelmente regulamentarão as atividades empresariais com foco no controle do impacto ambiental.

Mesmo diante de tudo isso, ainda vemos coisas totalmente fora do conceito, como o caso retratado na fotografia desse post. Diretamente de Miami para o Brasil, foi remetido este diminuto frasco do maravilhoso molho de pimenta Tabasco. O exemplar apresenta altura de 5,8 cm e 3,7ml de produto, suficientes para condimentar cerca de uma única coxinha, isso se você for uma pessoa econômica.

Totalmente na contramão da realidade ambiental, o fabricante joga no mercado milhares de frascos como esse que possuem uma característica de descarte praticamente imediata. Além disso, esse tipo de embalagem minúscula e de pouco conteúdo, significa muito mais embalagem por mililitro de produto e consequentemente mais lixo, energia e água, desperdiçados no processo produtivo.

Por isso a necessidade urgente da logística reversa e bons mecanismos de controle, pois a obrigatoriedade por parte dos fabricantes em recuperar e destinar adequadamente essas embalagens, certamente os farão pensar duas vezes.

Por quê então a empresa adota um produto com essas características? Simplesmente pelo fato de que esta acredita que o retorno de marketing da distribuição desse tipo de “brinde” é maior do que poderia ser obtido com um posicionamento voltado para a sustentabilidade.

Precisamos então mostrar que eles estão errados. Se continuarmos comprando produtos com essas características, estaremos corroborando a tese do marketing contra sustentabilidade.

É aí que entra o slogan do Instituto Akatu, que diz: “Seu consumo muda o mundo”. Da mesma forma eu digo que o seu consumo faz o mundo, do jeito que ele está.

Demonstre o seu posicionamento, pratique o consumo consciente e recuse produtos com excesso de embalagem. Vamos, a partir do nosso consumo, forçar empresas a exercitarem o marketing de fora para dentro, considerando as aspirações e os desejos do novo consumidor.

“Seja a mudança que você quer ver no mundo”.
"Você deve ser a própria mudança que deseja ver no mundo." (Mahatma Gandhi)

Erich Burger Netto
@recicleiros

domingo, 11 de abril de 2010

Try to be true to yourself ;)

Não há de ser nada pois sei que a madrugada acaba, quando a lua se põe.

Não acomodar com o que incomoda.

Os opostos se distraem, os dispostos se atraem.

* Teatro Mágico para raros. (google it!)

beijo, excelente semana!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

have a good weekend, myself!

Liberdade madura = tomar suas próprias decisões. Prisão = arcar com as consequências.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Mais do que posso


Sobre as gatas, mais uma vez.
É lindo como a Suri (my black cat) tenta conversar comigo, com seus miadinhos roucos e curtos confessa suas carências. Come muito, não disfarça a ansiedade. E independendo da hora (4:44 da matina) ou as 7 da manhã, da noite, ANYTIME me faz apenas companhia, me cuidando com o olhar, dormindo, brincando com as tampas de pet, ou ronronando. Linda!
Delicioso ouvir esse ronquinho na respiração dela e pensar - eu inspiro confiança em alguém!
Vem em cima do teclado, me ajuda a digitar os projetos. Tadinha, ainda não foi alfabetizada! Vem com o narizinho felino gelado no meu, pra me dar um cheiro. Toma banho quando acorda e quando tá querendo dormir. 1938 lambidas por hora. ;) Calma e serenamente ela me acarinha apenas com sua pupila mágica, espontaneamente, e ronrona muito :D. Ela ama a liberdade de poder passar um bom tempo pra fora da janela. Mas sente minha falta e mia antes mesmo de eu colocar a chave e girar. Me sabe nas escadas.
Lugar dela é no canteirinho da janela do meu quarto, brincando com as plantinhas que se movem com o vento. Terceiro andar. Nem um sinalzinho de suicídio ou grade cortada à tesouradas por um pai cruel e frio (pobre Isabella). A Suri é livre, escolhe estar comigo. Tem medo do corredor da saída para a rua. E eu a amo assim.
Arrancou ontem o 6 e o backspace do meu teclado.
Não apago mais nada, e prefiro mesmo o número 9, um 6 que rolou para a direita.
Tá crescendo minha menina preta-africana da rua.
Nesse momento (4:54)lavando as patas, entre minhas pernas, atrás do laptop, rola uma espiadinha com o olho de pupilas semi-redondas - o que vc tá fazendo mãe? não vamos dormir denovo?
Sabe fazer charme e sempre me espera sair do banho, desde o primeiro dia o mesmo sentimento e confiança aumentando sempre.

Poesia é a vida com amor.
"Nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz!" - Teatro Mágico.com.br

bom dia, madrugada ;)

domingo, 4 de abril de 2010

Lembre-se de não se acomodar com o que incomoda e que

"Nada é mais valioso do que este dia. " Goethe

OveLHA negra da família? Patinho feia.

Há vários tipos de pessoas no mundo.
E na pedida da sorte, o pior é que caem vários tipos de pessoas nos lugares mais inapropriados. Na sua própria família por exemplo.
Tive um feriado de cão (pois tem brigas que eu compro só pra não sair magoada, na humilhação) e foi por que só briguei com pessoas que amo (se não amasse, apenas ignorava.
Relações realistas de amor e ódio.
Eu queria estar lá enchendo casquinhas de ovos de paçoca, mas resolvi vir desabafar, pra me fazer bem. Única e excluivamente egoísta. Como no texto do filtro solar: conselhos baseados em minha própria experiência, nenhuma comprovação científica.
É difícil, mas não impossível conviver.
Convivência é muito mais do que uma arte e exige equilíbrio (na corda bamba da vida) e uma imensa capacidade de cuidar para não se aborrecer, se irritar, não pisar na jaca com as outras pessoas mesmo.
Primeiro - a regra básica - dois ouvidos e uma boca. Ótima pedida da natureza. Afinal, quem é normal é assim. Mas já que a questão da normalidade não é algo a ser discutido agora. Saiba que ouvir é tão importante quanto falar. Ouvir não apenas a sua própria voz ou as batidas do seu coração ou as vozes internas que nos incomodam a todo momento com obrigações, vontades, desejos reprimidos, mágoas, rótulos, e um monte mais de coisas, que não seria possível listar aqui.
Ouvir os outros - ouvir também a vontade dos outros de serem ouvidos, compreendidos, amados.
Você tem problemas, eu também, quem não os tem que vá para a fila do inferno.
Mas há uma diferença mais básica ainda entre as pessoas. Cada uma lida com seus problemas, dores, amores, assuntos, compromissos e afins da sua própria e singular maneira. E tenho dito.
Não consigo ouvir quem só quer falar, tenho vontade de falar muito mais, pra não precisar ouvir mesmo, me irrita.
Também considero básica a regra do - coloque-se no lugar do outro se quiser saber pelo que passa (e esta é uma das MAIS extremamente difíceis regras básicas da boa convivência).
Cada ser é único, tem uma existência única e um jeito de ser único. Jeito de amar, de aprender, de ouvir, de falar, de ajudar, de se auto-ajudar, de se auto-amar.
Amor próprio é artigo de luxo, mas cuidado com a futilidade do EGOísmo. Cuidado com seu EGO, e com os títulos que você carrega: filha, mãe,, irmã, professora, médica, mestre, doutora, presidenta, dona do mundo, gari, filha de prostituta. Não importa - todos somos relativamente iguais e nos devemos respeito.
Cocô, xixi e saliva são secreções naturais e iguais para todos.
Porquê não mantermos também sentimentos em comum como respeito, amor-próprio e amor ao próximo?
AMOR - esse sentimento tão múltiplo, controverso e complexo.
Quem é que sabe, né?

Amo, logo discuto, tento ensinar e aprender. Mas também me canso. Também sei me defender e também sei odiar, atacar e me isolar.

Me isolo, pra não cansar mais tanto. Ah, ufa, terminou o feriado, de volta ao trabalho.

beijo pro meu amor - um ano.

*(POST sem releitura e sujeito a reedição)

FELIZ ótima PÁSCOA

Principalmente pra minha família. E pra tua, que tá lendo isso agora.
É o que eu sinceramente desejo.
Equilíbrio, paciência e harmonia to you!

harmonia

é tudo que eu quero pra mim nessa páscoa. E você, o que quer?

segunda-feira, 29 de março de 2010

é difícil chegar no coração das pessoas.


Mas é claro, que, como boa brasileira, eu tento. Não, não desisto nunca mais.
Grande parte das pessoas (ao menos com as quais já convivi, conheci, ou estudei que existem no meu país e no mundo) prefere ser abordado de forma simples, bonita, gentil. Ao mais grosso modo: gentileza é no mínimo, fundamental. Aí vem também a simpatia, a empatia, e um discurso com palavras simples, tranquilas, voz em tom mediano, pra não assustar, cara de anjo.
Outras pessoas(pois sempre existem outras opções, acredite!) preferem palavras de alto escalão. Frases feitas, prontas, de efeito, de filósofos, poetas ou músicos. Preferem ser surpreendidas na paráfrase de algo bom que já exista. Outras já não pensam bem assim.
Chamam-no de plágiário, copiador das ideias alheias, enfim, falta-lhes o toque de originalidade que essas outras-outras pessoas querem para serem tocadas no coração.
Eu, particularmente, e sem querer me rotular demais, prefiro me encaixar nesses 3 perfis, e em muitos outros, menos no da "objetividade".
Acredito que, profissionalismo e objetividade, existem sim, e estão aí, na bandeja do bom profissional para serem usados, com cautela e competência. MAS, contudo, porém todavia, eu gosto da arte. E a arte de se comunicar bem, exige alguém humano. Que saiba e admita que o amor existe, e que não se ama uma pessoa só, muito menos existe um só jeito para amar.
Eu sou uma dessas que REALMENTE sofre por amar demais.
Gosto de ser assim, e não penso muito em mudar, apenas continuar andando (não dá pra parar não, meu irmão!) dessa maneira.
Eu gosto de pessoas que tem empatia e se esforçam para compreender não o que o outro diz (pois isso a gente aprende lá na alfabetização, talvez mais cedo) mas o que o outro quer dizer, qual é sua forma de interação, quais são os sinais corporais que aquela pessoa (o outro, com o qual vc se comunica) te dá para que você veja que ela está confortável, ou não. Doente ou saudável, feliz ou triste, precisando ou querendo tua ajuda, ouvidos ou seja-lá-o-que-for.
As intenções nem sempre são o que valem mais. Ações, ou, a falta delas (geralmente atribuída ao medo, ansiedade, expectativas), nesse mundo em que vivemos, estão valendo disparadamente mais do que as reais intenções. Não abrem mais o coração pra ouvir (tum tum)a assim, ficamos apenas com o tal "profissionalismo" esquecendo que estamos no meio de "pessoas profissionais", mas daí, primeiro vem o PESSOAS.

É, eu lido com as pessoas todos os dias. Eu converso, eu compro pão, eu estudo, eu trabalho, eu ensino, eu aprendo, eu oriento, eu sou orientada, sou irmã, filha, mãe (da Suri), namorada, mulher, menina, cliente e "chefe" da minha empresa pessoal, chamada vida. (e muito, muito mais, que eu não poderia citar nesse texto sob pena de ser mal-interpretada nas minhas intenções, que são as melhores)
Você não?

Que Deus me perdoe e que as pessoas, de coração aberto, um dia, me entendam, eu só quis, amar, viver, sonhar e ser feliz.

"Louco é quem me diz, que não é feliz, eu sou feliz." (viva Mutantes)

Me deixa, que hoje é segunda.
" Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou, mas temos muito tempo, não temos tempo a perder!(...) Temos todo o tempo do mundo!" (viva Renato Russo)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Adana Turquia




É lindo ver as pessoas de coração aberto para o novo.
Eu preciso até abrir o meu mais ainda.
Felicidade e um bicho de adoção não tem preço!
Ao invés de comprar bichinhos de estimação, porque você não adota? São lindos, dóceis e comprovado cientificamente que mais saudáveis e resistentes à doenças quando misturaram raças e são chamados preconceituosamente de Vira-latas.
Eu sou uma vira-latíssima. Sobrenome ucraniano, que poderia ser polonês, avós com multi-misturas étnicas, alemães, portugueses, bugres, poloneses, italianos. aiaiai ;)
Viva a miscigenação! Viva o amor e a igualdade, com respeito e um certo gostinho pelas diferenças.

FElicidade. Boas sensações matinais. Bom dia!

Beijo para o Lucas Flessak, meu abi, e pra Adana Turquia, nossa murisquinha!

quarta-feira, 24 de março de 2010

eu QUERO menos...

Menos preocupação.
Menos formalidade.
Menos nuvens no céu.
Menos roupa.
Menos encanação.
Menos se levar a sério demais.
Menos escritório.
Menos cara feia.
Menos despertador do lado da cama.
Menos falta de tempo.
Menos resolver tudo por email.
Menos chapinha.
Menos distância.
Menos complicação.

Ah, eu quero menos pra mim...e quer saber? Eu desejo o mesmo pra você!

;)

from: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=45390381

Essa manhã estive com um amigo meu, que nem sabe o quanto é meu amigo. Ele não sabe pois nem dá tempo pra ele pensar bem no número de pessoas que admiram e são amigas dele, e gostariam de vê-lo sempre bem.
É uma dessas pessoas talentosas, que nasceu pra profissão e abraça o mundo profissional com muito amor, competência, dedicação, veste a camisa.
Mas preta atenção na reflexão:
Como seres humanos que somos, todos temos as mesmas 24 horas por dia, estamos sujeitos ao clima, à falta ou abundância de alimentos ou água no planeta, à ser atropelados na esquina na hora de ir comprar pão e no mínimo ter uma fraturazinha (no máximo não quero nem pensar, e que Deus nos proteja)
Meu relógio pesa no meu pulso, e minhas olheiras pesam no meu rosto. Mas eu sei, que todos estão trabalhando, vivendo, girando na mesma roda. Eu poderia estar tirando uma soneca agora, mas resolvi vir traduzir esses pensamentos, pra ver se alivia o cansaço por outra via de escoamento.
É difícil ser adulto, honesto, gentil, pai, filho, dono-de-casa, motorista, amigo, cozinheiro, degustador, parceiro, sexy, bom profissional, justo, blogueiro, orkuteiro, twitteiro, churrasqueiro... porque muitas vezes temos que ser muita coisa ao mesmo tempo.
Ter que prestar atenção em muita coisa ao mesmo tempo cansa. Esgota. Chateia.
Há quem diga: "não reclame, você faz o que gosta!" Pera lá, não é permitido cansar-se do que nos dá prazer também? AH, adoro chocolate, mas se eu comer mais que 500g acho que fico enojada por umas 87 horas. AAAAAAAAAAMO minha mãe, mas acho que ela me cansa demais com a mania querida dela de querer que sejamos sempre os melhores no que fazemos. Exagero esgota. Exigência demais pressiona e dói. Dói emocional, dói mental e físico também. Eu tenho uma dor no lado esquerdo superior das costas super emocional. Basta ter 20490 coisas pra fazer e ver que não vou conseguir dar conta.

O que eu não admito do mundo desse século é essa exigência tão banal de super-heróis.
O batman, homem-aranha e Clark Kent que se cuidem, porque do jeito que o bonde tá andando, logo vão se subtituídos por um monte de candidatos que estão s preparando para os concursos.
...
Sejamos mais humanos. Há dia e noite. Há o trabalho, o prazer e o descanso. Há diferenças, e há limites. Feliz ou infelizmente, só você sabe o seu. Cuidado, porque passar dele e virar super-herói (mesmo sem máscara de morcego ou poderes mágicoS) tá virando mais comum do que você pode imaginar.

Post a ser publicado sem leitura, sujeito à edição.
Boa tarde!

segunda-feira, 22 de março de 2010

falando em gente que aproveita de seu talento: texto (excelente) de MARIANA LIOTO

do blog: http://marideias.zip.net/

Táxi-sardinha
CRÔNICA
Táxi-sardinha

MARIANA LIOTO (Texto Publicado em 28/05/2009 na Gazeta do Paraná)

O bonde lotado já foi inspiração para o poeta. Já disse o Drummond, ao olhar que...
“O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna meu Deus,
pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada”
Hoje, décadas depois, foram-se os bondes, e é o ônibus, igualmente cheio de pernas que serve de inspiração, não para poeta, mas para o jornalismo. Quando tomei o ônibus, (daqueles normais, não articulados) na Rua Paraná, na altura do Super Muffato, a regra era “quem sentou, sentou. Quem não sentou não senta mais”. Engana-se quem pensa que a maior densidade de acadêmicos por metro quadrado seja nas faculdades: por lá 40 ou 50 deles dividem uma sala de pelo menos 50 metros quadrados, com janelas e, às vezes, até um ar condicionado. A maior densidade de acadêmicos por metro quadrado registrada, na verdade, é no ônibus que leva os estudantes até as instituições. São poucas linhas que vão para o Santa Cruz, onde fica a Univel, por exemplo. Se perder o ônibus, o estudante não tem outra alternativa para chegar a tempo de responder o “presente” para o professor. E nessa ânsia que todos têm de chegar às 19h10, 50, 60, 70 estudantes dividem o escasso espaço do ônibus.
Aqueles que vieram já do Terminal Leste, e tiveram a sorte de sentar, vão aproveitando o tempo para ler algum texto no chacoalhar da lotação. Outros deixam a cabeça recostar-se no vidro tentando descansar um pouco. Boa parte dos estudantes que optam pelo período noturno trabalha o dia inteiro. Os que vão em pé se seguram como podem: bolsa pesada a tiracolo, esbarrões a cada acelera-e-freia, calor, falta espaço até para as mãos que tentam se segurar. Isso não é exatamente o que eles chamariam de conforto, mas como não há outra opção é “mãos alto!, segurem-se onde puder”. A vantagem é que não há espaço nem para cair.
A coisa deve piorar agora que o ônibus está chegando na altura da biblioteca municipal. Só nesse ponto 11 moças entram. “Dá uma licencinha?”, pede uma. “Licencinha pra onde moça?”, deve ter pensado o rapaz que se espremeu contra o outro da frente, para tentar dar passagem, logo depois da roleta.
Hoje o ônibus não está muito cheio, comentam. Quando tudo fica entupido, entupido-muito-cheio-mesmo, sem condição de que mais pessoas entrem, o ônibus deixa de pegar mais passageiros. Não por opção ou respeito por quem se espreme, só porque não cabe mesmo. Para chegar nessa condição, segundo o cobrador, mais de 80 pessoas ocupam o carro. Se cada uma paga R$ 2,20 pela viagem, esse é um táxi bem caro.
Poucos grupinhos de conversa se formam, até porque se o seu colega estiver do outro lado do ônibus, chegar até lá é impossível.
Ali na Praça da Bíblia os estudantes olham de cima - mas sem sentir qualquer superioridade - os outros estudantes que seguem para a faculdade de carro.
Quando as portas de abrem no terminal, algumas pernas descem a escada, elas estavam só pegando carona mesmo, não vão para a faculdade. No entanto, outras pernas já espremem perto da porta, quem entrar primeiro pode conseguir um lugar um pouquinho melhor. Sobem.
Até a faculdade é mais uns 4 quilômetros de aperto. Já nem reclamam mais, não tem jeito mesmo. O fato é que centenas de pessoas desejam chegar na mesma hora e no mesmo lugar, querem até pagar por isso. O tempo da viagem, não tão agradável, foi de 30 minutos, amanhã tudo deve se repetir, até que alguém que tenha “o poder da caneta” olhe para o ônibus cheio de pernas. Porque tanto aperto pode até ser poético, mas diante do desconforto, quem se preocupa com poesia?

Dons, talentos, carinho, esforço.

Acho especialmente legal quando alguém consegue melhorar, desenvolver, trabalhar bem seus dons.
Fico extremamente desapontada comigo mesma, dói como uma boca cheia de aftas perceber que desperdicei uma idéia, e um tempo que não vai voltar. Ou que de algo que fiz, não pude dar meu melhor. A gente sempre tenta (quem vive tenta, inventa, apronta) mas não, não dá pra conseguir todas as vezes.
Essa história de dom veio à minha cabecinha oca por meio de algumas coisas vividas nas últimas horas, por causa de uma foto, de umas fotos. Essa Patricia Soransso http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=8916134206385341040&pid=1268151808963&aid=1264511908$pid=1264761268683, tira fotos ótimas, além de ser linda, nova, e esforçada no trabalhar do seu dom. Ela se assume fotógrafa e pede feedback, claro, em tudo que fazemos de bom (ou ruim) ou, em qualquer mínimo esforço, esperamos um retorno. E eu sei que não deveríamos. Mas não dá pra viver sem expectativa, sonhos, and so on.
O Rafinha Bastos www.rafinhabastos.com.br me surpreendeu nessa madrugada com seus espectaculares vídeos não só de stand up comedy e improváveis, mas com seu talento de mostrar as unhas e pra quê veio ao mundo. Isso é formidável, excelente, awesome! Ele consegue deixar você puto e com um sentimento de culpa com alívio ao mesmo tempo, e faz a gente aprender lições na marra, na garra, no ziriguidum que ele tem pra mostrar a quem quiser ver, assistir. O Rafinha é um cara mais ou menos como o Manoel Carlos (o das novelas, o que vive a vida lá), um cara maduro, esperto, que usa de seu maior talento pra educar quem puder com valores simples,(milhares de vezes no dia esquecidos por brasileiros e gentes diferentes e iguais a gente), mas que se não forem bem abordados, passam batidos, manjados no cotidiano e continuaremos com as grosserias, idiotices, preconceitos e ignorâncias de sempre. Do mundo, de todos os tempos.
Nem é preciso ler, nem estudar muito, é só ter alguma sensibilidade (nada a ver com a feminilidade), bom senso, e saber ler a mensagem subliminar. Já que a educação vai de mal a pior, mas todo mundo tem uma lan house que acessa na esquina de casa. Já que há mais casas no Brasil com televisores ligados na globo no horário "nobre" (ah, tá, nobreza, aham) do que com geladeiras. O absurdo pra mim, e pra gente assim, que tenta consertar os buracos, mesmo sem pensar bem no que tá fazendo, só aproveitando um dom natural, naturebíssimo.
Também tem a Noemi http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=8760545033933777789 , amiga liinda de alguns anos acadêmicos, que tá lá fazendo do seu talento arte da melhor qualidade, e sempre melhorando, inovando, se esforçando, com amor, com fé em Deus e humildade, aaah a tão importante humildade, né Jesus? Rafinha? Manoel Carlos? Sandra Bullock? Jolie, Pitt? o presidente do planeta? você? (...)
Já disse a Sandra Bullock, em seu estupendo discurso de vencedora do Oscar (filme a assistir ainda) " there’s no race, no religion, no class system, no color, nothing, no sexual orientation that makes us better than anyone else. We are all deserving of love."
Meu carinho, admiração e tudo o que há de melhor para aqueles que conseguem seguir seus sonhos, cada qual com seu talento, mantendo a cabeça no devido lugar, e a humildade que só tem quem tá cansado de apanhá! (viva Herbert Vianna)

Menções não-autorizadas. Post sujeito à edição. Saudade do meu irmão. Te amo pai, te amo mãe.

Post já reeditado

domingo, 21 de março de 2010

gatos vem em "ninhadas" geralmente saudáveis e se viram bem, pra dizer a que vieram ao mundo ;)


miau.
Enquanto eu tomava banho esse post fluía tão naturalmente quanto a água do meu lorenze**** (sem merchan, improváveis) mas agora.. ah, lembrei!

Eles vem em bandos, e eu afirmo (no meu conhecimento empírico marianístico totaaaal) que já adotei indiretamente 6 gatinhos e "as" nos últimos 15 meses. Récorde de audiência pra quem não podia nem pensar em ter um bicho de estimação quando morava com pessoas que não os tolerariam porta adentro.
Tenho dois dogs - meg e tinho, e já tive incontáveis - thanks God! Mas a fase agora é gato, inegável, disparaaado. Primeiro foi a Baleia (da minha irmã maluca-caçula) e seu incansável jeitinho black-magra-bagunceira-esperta de ser. Mas baleia encalhou, morreu :(. Nem um aninho. Mas veio a SORTE, é, a sorte de acharmos a Sorte (dessa vez foi a Amme denovo, vet-maluca-amada). A Sorte tem a personalidadezinha do tamanho da beleza dela, grande, forte, mordidas másculas, e sem colo por favor. Mas linda, líiinda, sempre a vontade de apertar a la Felícia.
Daí veio o ano novo, casa nova, homemate nova, querida, love pets =D. E veio a vontade de ter a minha, a minha que apareceu, e eu não tive neeeem tempo pra pensar direito. Foi bem rápido mesmo (diferente da escolha do nome dela, que finalmente pegou). A SuriCAT Millene Suéllen - Suri é minha mais nova filha preta, nova, linda, sapeca, manhosa e independente. Inclusive se todos os gatos tivessem a autonomia e a independência dessa mocinha, acho que nem um gato, ou pessoa mais sentiria solidão. Ela literalmente se vira direitinho. é meu amorzinho, companhia e diversão pra muuitos momentos.
Mas daí veio um novo amor, umas 2 ou 3 semanas ago. Ah, antes tem a number four - Mima Beatriz, a twix d´árvore do Aleks e do Rafa. Essa também tem uma personalidadezinha de 220 volts, linda, 3 cores, linda, linda, sapeca.
Essa de 3 ou 2 semanas foi na feira de filhotes do supermercado da cidadezinha (não tão inha) - mais uma TwiX! 3 cores - mais uma fêmea. E agora, pra onde ela vai? Pra minha casa ou pra sua? Mãe, pega ela? (eu nãão). Decisão difícil. Beleza, vamos dar pra Marília, ela vai amar (díficil não se apegar), os pais dela vão gostar e pronto - uma Twix fazendo pose no jardim da casa da mãe pra mim! Linda, linda fofa.

Pra terminar, me acometo de uma nova paixão, a 6ª, por uma tigresinha já apelidada de Adana Turquia. Tomara que seu novo dono a aceite, aceite, pois não tem como não amar (eu já ouvi essa frase ;)).

É isso.
15 minutos tá bom pra falar das mimis. Quase manhã. Dormirei, com meu único gato.
Boa noite! Bom dia, boa tarde, é domingo!

que chova =P

PUBLICAR... será (sem releitura 1 2 3)

sexta-feira, 19 de março de 2010

reflito, logo existo, (ou piro de vez)!

ãi, vidamarguradaaa!
Num quartinho, tentando desenvolver um projeto acadêmico que continua na folha (tela) meio em branco, estou eu, e as mimis - Suri e Adana (maybe).
Tem horas, dias, momentos, que eu queria poder não pensar, pra não refletir tanto, pra terapia não me pirar. (gotas de floral na goela - pausa pra.)
Distraída ao exterior (mais uma panela de comida queimada na pia hoje ê), concentrada no interior de (quase tudo), tem dias que paro pra pensar até mesmo se os pratos de porcelana se sentem bem na prateleiras do supermercado (é).
Hoje adotei denovo, já é a terceira, virou um vício. A princípio, quero só a primeira sob meu teto, mas se eu tivesse um teto e um pátio realmente meu, acho que adotaria 40 vezes os bichinhos todos que encontro.
"mãe, ele me seguiu até em casa, posso ficar com ele?" hihi =)
Adotar um animalzinho é um ato legal de amor. Até amor próprio, dá pra dizer. Eles te dão alegria, levantam o astral da casa, te dão trabalho, ocupação para o tédio do fim de semana estudantil, sem nenhum peso na consciência! Ela deita e dorme, acorda e me olha, e mia, e me acorda pra comer as 7, e faz uma bagunça danada com a terrinha das plantas da sacada, dorme denovo, conversa, brinca, cansa de brincar, arranha, foge, ah, mas eu a amo, tanto que nem sei dizer. Preta, pretinha - SuriCat Millene Suéllen. Nome e sobrenome pra humanizar mais, e pra rir, e pra nos salvar desse mundo doido de gente ansiosa lá fora (aqui bem dentro também).
Já perceberam que quando a ansiedade bate, a maioria deixa os maus espíritos tomarem conta?
Em uma semana, digo, meia semana, já fui agredida pela pressa de um porteiro de pub e por um motorista de ônibus. Denúncia? pra agressão verbal? Deveria existir um ligue pra Deus e chame um anjo para te dar paciência, ou Jó mesmo, em pessoa.
Graças ao bom Pai do céu mesmo, é que apesar de ariana estourada, tenho um lado bem bondoso, e me coloco no lugar dos coitados. Pena, é o que eu acabo sentindo por fim. Eles não mudaram minha vida nem eu a deles. Mas acredito que, com uma atitude diferente, poderíamos ter tido dias melhores, ou noites, MOMENTOS mais agradáveis, mesmo que por segundos na companhia uns dos outros.
Estamos todos num mesmo planeta mesmo, não é? Iguais, desiguais, Gessinger já cantou. Mas se nos colocaram todos juntos nessa gigantesca panela de pressão da convivência, decerto é pra aprender algo, alguma coisa - no sentido popular da mesma palavra. Tô aprendendo os meus algos. Haja paciência, amor, carinho e bom rebolado pra se livrar de certas situações grosseiras cotidianas.
Me assusta pensar que tanto desamor já tá praticamente normal. Banalizaram a impaciência e o direito de ser estúpido com quem for, pra cumprir OBRIgações a qualquer custo.
A esse custo não quero, obrigado.
beijo pra Suuuri!
:D

Rita Lee - "pára o mundo que eu quero descer!"

Em NOVA YORK, a notícia que os taxistas corruptos (de leve) vão pagar o preço por seus atos e que o moço honesto denunciador foi um herói me alegra, mas nem tanto, Brasil, BRazil, mundinho. Onde é, e será que vamos parar? Tomara que não. Walk for better days ;) Move your mind and heart!

quinta-feira, 18 de março de 2010


Sejam bem vindos à Terra Celta!
hahahahahhahahha
St. Patrick´s night was greaT!
Se não fosse pelo atendimento "diferenciado" do carinha da portaria, acho que voltaria lá hoje mesmo.
Porque nem no dia da sorte dinheiro não dá em árvore?
Grrrr!

Volto depois,

wish me luck today, please!

quarta-feira, 17 de março de 2010

NOTHING REALLY IMPORTANT, but a text loving and worthed!

Passando um bom texto adiante, já que as palavras, faladas ou escritas, depois de soltas, não mais nos pertencem (mas gostaria de dar créditos ao autor, que desconheço):

presente do futuro.
casar.andar de shorts em casa com a bebida na mão. esperar o amor. deitar nosofá descabelado. sorrir pra televisão. ter o dinheiro necessário praviver. ser amado até morrer. pular na cama com a música favorita. riraté doer a barriga de cócegas do amor. acordar com o pé do outro porcima de mim. deitar brigado e acordar com o melhor sexo da vida. beberaté passar mal de rir e planejar a vida. planejar um filho. planejar umapartamento. planejar um momento. viajar com óculos escuros diferentes,pra todo mundo olhar e rir. andar de mãos dadas na rua. achar umpresente surpresa na gaveta de cuecas. levantar de madrugada etropeçar, cair e levantar com a mão alheia. ficar em casa de dia, semcamisa, esperando o sol baixar. dar banho de espuma e rir. rir. rir.chorar. deitar pra ver as estrelas, sentir o pé roçar, levantar oouvido e ganhar o presente; toma, isto é o máximo que eu posso amar.

(remember me him, my M)